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A presença de água no cérebro de cães também é conhecida como hidrocefalia. A condição é uma expansão ou dilatação anormal do sistema ventrículo como resultado do excesso do volume de fluido espinhal. Esse excesso e a dilatação anormal podem afetar um ou ambos os lados do cérebro. Os ventrículos incham com o excesso de fluido, comprimindo e afinando o tecido cerebral, o que causa aumento dos comportamentos agressivos do cão afetado. Essa condição é mais comum em cães pequenos e de raças com focinhos curtos.
Os pugs, entre outras raças pequenas com focinhos curtos, são suscetíveis à presença de água no cérebro (happy fawn pug image by Paul Hill from Fotolia.com)
Hidrocefalia
De acordo com o Veterinary Partner, o cérebro e a corda espinhal são envoltos pelo líquido cefalorraquidiano (LCR). As câmaras no cérebro onde o líquido se forma são chamadas ventrículos. Na hidrocefalia ocorre um excesso desse líquido, quer seja por conta de um problema de drenagem ou por superprodução do fluido. Se for um problema congênito, o crânio fica macio e dá um formato redondo à cabeça devido ao inchaço e ao excesso de fluidos. O crânio, porém, não consegue se expandir mais e esse líquido provoca a compressão do cérebro.
Causas
Na maioria das vezes a causa para a presença de água no cérebro é genética. O filhote não nasce com a condição, mas os problemas anatômicos levam a ela. Certas raças com uma tendência natural a ter a cabeça redonda são mais suscetíveis também, tais como o chihuahua, o lulu da pomerânia, o yorkshire, o buldogue inglês, o lhasa apso, o pug, o pequinês, o boston terrier, o maltês, o poodle toy e o cairn terrier. Outras causas podem ser infecção pré-natal, vírus da gripe influenza, cinomose, parvovirose, meningite bacteriana, encefalite fúngica, hemorragia cerebral, inflamação ou massa sobre o cérebro.
Sintomas
O Pet Place declara que alguns sinais e sintomas visíveis podem ser um estado mental alterado, choro, hiperexcitabilidade, coma, convulsões, deficiência visual e auditiva, caminhada instável, pressão e inclinação na cabeça e movimentos anormais nos olhos.
Diagnóstico
Alguns dos exames que o veterinário pode pedir são uma avaliação neurológica do estado mental e nível de consciência do seu cão, além de um exame dos nervos craniais, avaliação da marcha, reações posturais, reflexos dos nervos espinhais e exame sensorial. Ele também poderá solicitar exames laboratoriais para avaliar a função renal e hepática, radiografias do crânio, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, ultrassom do cérebro, punção lombar e um eletroencefalograma (EEG).
Tratamento
O objetivo do tratamento é minimizar ou prevenir danos cerebrais causados pelo LCR. Medicamentos podem diminuir a produção dele. A cirurgia pode ser necessária se houver uma obstrução, tal como um tumor ou deformação. Um veterinário pode realizar uma cirurgia de desvio, inserindo um tubo no ventrículo dilatado para drenar o LCR. Depois, ele coloca o tubo embaixo da pele até uma área externa ao cérebro, possivelmente a cavidade abdominal. Conforme seu cão cresce, o desvio precisará ser reajustado. O veterinário também vai prescrever uma terapia de antibióticos para possíveis infecções depois de cirurgias. Também são úteis os corticosteroides, como a prednisona, que podem aliviar o inchaço no cérebro.
Prognóstico / Cuidados em casa
O prognóstico para a presença de água no cérebro do seu cão é ruim se não houver tratamento. Não há garantia sobre a eficiência do tratamento devido à severidade da condição. Cães que sofram de hidrocefalia congênita têm um ótimo prognóstico depois dos tratamentos médicos e cirúrgicos. Assim que seu cão estiver em casa, você precisa monitorá-lo quanto a sintomas recorrentes de letargia, febre, tensão ou dor no pescoço, convulsões ou deterioração do nível de consciência. Entre em contato com o veterinário imediatamente se você notar qualquer um desses sintomas. Proteja a cabeça do seu cão o tempo todo e trate as infecções imediatamente para repelir o risco de desenvolvimento do distúrbio.