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Muitas pessoas confundem técnicos em prótese dentária com higienistas dentais ou assistentes. Enquanto os higienistas trabalham auxiliando o dentista no manejo dos pacientes, os técnicos confeccionam próteses sob a supervisão do dentista, mas não interagem diretamente com os pacientes. Esses técnicos estão expostos a inúmeros riscos ocupacionais durante a sua atividade laboral, sendo de fundamental importância que as boas práticas de segurança sejam especialmente importantes naquele ambiente de trabalho.
Técnicos em prótese dentária manipulam substâncias químicas potencialmente perigosas (Prothese image by Andreas P. from Fotolia.com)
Substâncias químicas
Uma ameaça à segurança do técnico em prótese dentária é o pó de sílica, utilizado na confecção dos dentes artificiais. Se inalado em grandes quantidades, por períodos prolongados, o pó de sílica pode provocar câncer de pulmão. O metilmetacrilato, usado para confeccionar próteses e placas de mordida, pode ser absorvido pelo organismo, causando irritações na pele e asma. Substâncias químicas usadas na galvanoplastia dos dentes artificiais, podem originar vapores ácidos e alcalinos que podem ocasionar o mesmo efeito negativo. Outras substâncias químicas utilizadas para desinfetarem os moldes e peças protéticas, podem conter componentes prejudiciais que, algumas vezes, podem causar problemas pulmonares ou dermatite. Alguns técnicos podem, ainda, apresentar sensibilidade ou alergias relacionadas ao uso das luvas de látex, causando-lhes irritabilidade ou desconforto.
Barulho
Técnicos em prótese dentária também podem ficar expostos a ruídos altos, vindos do jateamento e polimento, durante a confecção dos dentes artificiais. Outros equipamentos do laboratório odontológico podem também ser maléficos à audição.
Patógenos transmitidos pelo sangue
Embora os técnicos em prótese dentária não trabalhem diretamente com os pacientes, eles manuseiam moldes ou equipamentos que foram expostos a materiais de risco biológico como, por exemplo, sangue. Os laboratórios e as clínicas odontológicas também armazenam materiais cortantes ou agulhas usados no atendimento dos pacientes; evite a manipulação desses itens sem proteção adequada. Os técnicos deveriam sempre tomar as devidas precauções, tais como calçar luvas de látex, usar material esterilizado e lavar as mãos, frequentemente, para evitarem contaminações. Outros equipamentos de proteção para uso no laboratório podem incluir calçados especiais, óculos de segurança e tampões auditivos.
Postura
Outra ameaça à segurança do técnico em prótese dentária é a lesão por esforço repetitivo, que pode ocorrer nos músculos, tendões, nervos, ligamentos ou articulações, devido ao trabalho envolvido na confecção das próteses. Essas são condições que podem se tornar mais sérias, permanentes ou incapacitantes, se não tratadas.
Segurança dos equipamentos
Os técnicos em prótese dentária utilizam uma grande variedade de instrumentos, como pequenas peças de mão, instrumentos rotatórios, tornos elétricos, equipamentos de alta rotação, brocas e fornos de alta temperatura, de acordo com as escolas técnicas. Para manter a segurança desses profissionais, eles deveriam estar sempre bem familiarizados com as instruções de uso dos equipamentos, operando-os sempre sob a forma indicada. E nunca operá-los sob a influência de substâncias como, por exemplo, medicações controladas.