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A aprendizagem de uma nova habilidade ou assunto somente será útil se a nova informação for mantida e puder ser recuperada mais tarde. Independentemente de o conhecimento ser adquirido em sala de aula, em uma quadra de esportes ou de maneira autodidata, todos os indivíduos integram as informações em três fases, conhecidas como fases da aprendizagem de Fitts e Posner: cognitiva, associativa e autônoma.
Fase cognitiva
A fase cognitiva da aprendizagem ocorre quando um aluno é apresentado pela primeira vez aos novos conceitos, informações, materiais ou habilidades. Em uma sala de aula, ela é representada pelo professor escrevendo na lousa ou lendo um livro. Na quadra de esportes, pelo treinador demonstrando como driblar a bola ou marcar um gol. Na fase cognitiva, o estudante identifica a nova informação e começa a colocá-la em contexto com o conhecimento preexistente. Um estudante pode tentar praticar a sua nova habilidade ou implementar esse novo conhecimento, mas ainda não tem a experiência necessária para fazê-lo.
Fase associativa
A fase de aprendizagem associativa ocorre após a apresentação das novas informações -- uma vez que o estudante trabalha ativamente para incorporar aquele conhecimento e, assim, alcançar uma maior compreensão do assunto. A fase associativa pode envolver a repetição de um movimento específico no esporte, o treino da resolução de problemas de matemática ou a memorização de datas históricas ou fatos. Na fase associativa, os alunos cometem menos erros do que na cognitiva, mas ainda têm que dominar a nova habilidade ou informação. Os alunos são, no entanto, mais conscientes de seus erros do que na fase cognitiva.
Fase autônoma
A fase autônoma é a fase final do aprendizado, quando uma nova habilidade ou uma parte do conhecimento incorpora-se à maior compreensão de um assunto. Nesse ponto, a repetição das informações é automática, exigindo pouco ou nenhum pensamento consciente. O aluno é capaz de driblar uma bola ou multiplicar números sem ter que parar e pensar a cada passo. Devido à complexidade de algumas tarefas, nem todo estudante vai chegar à fase autônoma em cada assunto ou habilidade.
Usos na educação
Professores e alunos devem ficar conscientes das fases da aprendizagem à medida em que avançam no programa das disciplinas, principalmente em aulas com vários níveis de habilidade. Supor que todos os alunos tenham atingido as fases associativas ou autônomas poderá resultar em deixar para trás alunos menos habilidosos. Da mesma forma, incentive os alunos a levar em consideração a própria fase de aprendizagem; é muito gratificante sair de um ponto em que se pensa para realizar cada passo e chegar ao nível das habilidades ou informações serem memorizadas de forma natural.
