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O papilomavírus humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível mais comum, mas como o vírus pode permanecer latente por anos, é difícil determinar onde se originou. Pelo menos 50% das pessoas sexualmente ativas contraem alguma forma dele durante sua vida. Estima-se que cerca de 6,2 milhões de novos casos de infecções por HPV são relatados a cada ano. Há cerca de 100 tipos do vírus que podem causar câncer de colo uterino e/ou verrugas, e a detecção precoce é fundamental no tratamento da infecção.
Sintomas
O surgimento de verrugas genitais comuns, plantares e planas, de lesões genitais pré-malignas, câncer de colo uterino, tumores e lesões bucais ou do trato respiratório superior são uma indicação de contágio pelo HPV. Nas mulheres, as formas de alto risco da doença podem causar câncer cervical, e as de baixo risco podem causar verrugas em homens e mulheres. Essas lesões podem aparecer em regiões como o pênis, ânus, vulva e vagina.
Exames colpocitológicos regulares detectam as alterações no colo do útero causadas pelo HPV e podem ajudar a identificar possíveis casos de câncer cervical. Às vezes, a paciente está assintomática e os resultados do exame Papanicolau estão normais, mesmo tendo o vírus presente no corpo.
Causa
O HPV é transmitido através do contato pele a pele e pode entrar no organismo através de um corte aberto ou abrasão. As infecções associadas com as verrugas genitais são transmitidas através da relação sexual, sexo anal ou o contato pele a pele na região genital. Em alguma fase da vida, pelo menos metade de todos os homens e mulheres sexualmente ativos contrairá o HPV.
Fatores de risco
Pessoas com um número elevado de parceiros sexuais correm um risco maior de contrair o HPV. Os especialistas dizem que homens e mulheres sexualmente ativos, com menos de 25 anos de idade, também estão no grupo de maior risco. Uma pessoa com sistema imunológico fraco também pode ter mais chances de contrair a infecção.
Uma mulher que tenha contraído o vírus não perde sua capacidade de engravidar, porém as grávidas portadoras da doença e com infecção ativa podem ter mais surtos de verrugas genitais do que o normal. Isso ocorre em virtude do sistema imunológico debilitado em decorrência da gravidez. Às vezes, as lesões podem bloquear o canal do parto, dificultando o parto normal e obrigando a mulher a se submeter a uma cesariana. Raramente o bebê de uma portadora de HPV é infectado pelo vírus.
Tratamento
A cura para o HPV ainda não foi descoberta, mas existem tratamentos para alguns dos sintomas. Para células anormais no colo do útero, o tratamento é feito com laser ou criocirurgia, em que o tecido afetado é removido por congelamento. A cirurgia de alta frequência (CAF) remove o tecido usando um laço de arame eletrocirúrgico. A biópsia em cone, em que algumas partes do tecido são removidas para exame microscópico é, às vezes, recomendada. As verrugas genitais podem ser cauterizadas, cortadas ou removidas por congelamento. Em alguns casos, o sistema imunológico mantém a atividade viral sob controle ou, eventualmente, elimina o vírus do corpo.
Prevenção
Hoje em dia, já existe uma vacina, Gardasil, que protege as mulheres contra quatro tipos de HPV, que são as formas mais comuns causadoras do câncer de colo uterino e de verrugas genitais. Esse tratamento preventivo é indicado para as jovens de 11 até 26 anos de idade, mas só é eficaz em mulheres e meninas que ainda não foram infectadas pelo vírus do HPV.
Praticar a abstinência sexual ou monogamia também é uma forma de evitar o vírus. Já os preservativos oferecem uma proteção limitada contra as infecções causadas pelo HPV.