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Sigmund Freud é um dos psicólogos mais prolíficos e influentes dos últimos dois séculos. Irreverentes e radicais, suas teorias sobre conceitos como sonhos, sexualidade e inconsciente ainda são algumas das mais estudadas e criticadas na disciplina. Uma das mais lidas - as cinco fases do desenvolvimento psicossexual da criança - ainda gera muitas discussões entre os profissionais da área.
De acordo com Freud, as crianças passam por cinco fases de desenvolvimento (Getty Images)
A fase oral
A começar do nascimento, Freud diz que a primeira fase de desenvolvimento de uma criança se concentra na região oral. Tendo como exemplo principal a amamentação da mãe, a criança obtém prazer a partir da sucção e sente então satisfação com a nutrição proporcionada pelo ato. Onde a amamentação é interrompida precocemente, Freud afirma que a criança terá atitudes suspeitas, não confiáveis ou sarcásticas, enquanto a que for constantemente amamentada - talvez super-amamentada - terá uma personalidade confiante e ingênua. Com duração de um ano a um ano e meio, a fase oral termina com a introdução do desmame.
A fase oral tem relação direta com a amamentação, segundo Freud (Elena Vishnevskaya/iStock/Getty Images)
Fase anal
Ao receber orientações sobre higiene íntima, a criança desenvolve uma obsessão com a região anal e o ato de manipular suas partes íntimas. Freud diz que a criança vê esta fase como uma maneira de se orgulhar de suas "criações", o que leva à personalidade "anal expulsiva". A criança pode também propositadamente reter seu sistema digestivo como forma de destituir os pais, o que leva à personalidade "anal retentiva". Freud afirma que esta fase tem uma duração de um a dois anos.
A higiene íntima marca a fase anal (oksun70/iStock/Getty Images)Fase fálica
De acordo com Freud, a fase fálica é a mais crucial para o desenvolvimento sexual na vida de uma criança. Ela se concentra nos órgãos genitais -- ou na falta deles, se a criança for do sexo feminino -- e os complexos infames de Édipo ou Electra emergem. Para um homem, a energia sexual é canalizada no amor por sua mãe, levando a sentimentos de inveja (às vezes violentos) em relação ao pai. No final, no entanto, o menino provavelmente aprenderá a se identificar com o pai, em termos de órgãos genitais correspondentes, reprimindo assim o complexo de Édipo. Por outro lado, o complexo de Electra, embora Freud não tenha sido tão claro assim, principalmente diz respeito ao mesmo fenômeno, porém invertido, para as meninas. Freud alega que esta fase dura de três a quatro anos.
É na fase fálica que os complexos de Édipo ou Electra emergem (jannabantan/iStock/Getty Images)
Período de latência
Freud diz que o período de latência no desenvolvimento da criança não é um período psicossexual, mas sim uma fase de desejos inconscientes reprimidos. Neste período, a criança já superou o complexo da fase fálica e, embora desejos e impulsos sexuais possam ainda existir, eles são expressos de forma assexuada (amizades, escola, esportes) até o começo da puberdade.
Período de latência: uma fase de desejos inconscientes reprimidos (Catherine Yeulet/iStock/Getty Images)Fase genital
De acordo com Freud, na fase genital, a criança mais uma vez volta a sua energia sexual para seus órgãos genitais e, portanto, em direção às relações amorosas. Ele diz que esta é a primeira vez que uma criança quer agir de acordo com seu instinto de procriar. Também, em caso de conflitos sexuais não resolvidos em fases anteriores de seu desenvolvimento, Freud diz que estes emergirão na fase genital, a homossexualidade sendo um dos exemplos citados por Freud.
É na fase genital que podem surgir conflitos sexuais não resolvidos (shvili/iStock/Getty Images)