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Como a gestação da égua dura 11 meses, perder um potro por conta de uma doença reprodutiva é um prejuízo significativo para um criador de cavalos. O máximo de potros que uma égua pode parir é vinte. Perder um garanhão amplamente desejado é um golpe ainda maior para o criador, pois eles podem gerar muito mais potros em seu período reprodutivo. Muitas das doenças reprodutivas podem ser prevenidas por meio de vacinação.
Perder um potro por conta de uma doença reprodutiva é um prejuízo significativo para um criador de cavalos (Adrain Pingstone/ Wikimedia Commons)
Mais comum
A doença mais comum é causada pelos subtipos HVE-1 e HVE-4 do vírus da herpes. Os primeiros sintomas são tosse, corrimento nasal e dificuldades para respirar. Éguas infectadas pela herpes equina geralmente desenvolvem uma inflamação do útero; caso estejam grávidas, abortarão o feto. A doença também é potencialmente letal para os animais adultos, pois algumas vezes causa problemas de coordenação que resultam na necessidade de sacrificar o animal.
Outro tipo de herpes
Causada pelo subtipo HVE-3 do vírus da herpes, esta doença reprodutiva equina é chamada de exantema coital. O "Manual Merck de Veterinária" especula que esse tipo de herpes equina ocorra no mundo inteiro. A exantema coital gera erupções de pus ou líquido nos órgãos genitais do animal e alguma vezes nas patas traseiras. As erupções eventualmente estouram e se tornam feridas dolorosas. As éguas também exsudarão um corrimento incomum de suas vulvas. Não apenas um garanhão receará acasalar-se, como a contagem de esperma diminuirá.
Doença rara
A metrite contagiosa equina é uma doença rara que pode causar danos ao sistema reprodutor de uma égua e torná-la infértil. A doença é causada por um microrganismo chamado Tylorella equigenitalis, que faz com que a égua comece a exsudar uma secreção acinzentada pela vulva um ou dois dias após o acasalamento. Geralmente, a égua estará muito doente para conceber durante esse acasalamento e ao longo dessa temporada. O USDA -- o departamento de agricultura norte-americano -- nota que puros-sangues são mais suscetíveis a essa doença.
Parasitas
De acordo com o "The Complete Equine Veterinary Manual" (Manual completo de veterinária equina, em tradução livre), um protozoário chamado Typanasama equiperdum pode viver no sangue equino e é responsável pela doença chamada durina. O parasita pode ser transmitido através do acasalamento e causa inchaço, corrimento, bolhas e úlceras nos órgãos genitais do animal, que frequentemente terá problemas para urinar e pode desenvolver problemas de coordenação caso não seja tratado.
Trivia
Um vírus da herpes equina chamado rinopneumonite dizimou a rara raça lipizzaner em 1983. Na Áustria, a nação que mais cria lipizzaners, mais de 30 cavalos morreram -- cinco adultos e 25 potros. Trata-se de uma raça ainda rara, com apenas alguns poucos milhares de indivíduos ao redor do mundo.