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Displasia, ou displasia cervical, é um termo utilizado quando células anormais são encontradas no colo do útero. A displasia não causa problemas de saúde, mas pode levar ao câncer cervical se não for tratada. De acordo com a Women's Health, de 250 mil a um milhão de mulheres nos Estados Unidos desenvolvem displasia cervical todos os anos. Um diagnóstico rápido é importante porque, sem tratamento, até 50% dos casos podem virar câncer.
Um diagnóstico rápido é importante porque, sem tratamento, alguns casos podem virar câncer (Comstock/Comstock/Getty Images)
Advertência
A displasia não apresenta sintomas. Fazer o papanicolau e exames ginecológicos regularmente são a melhor maneira de certificar que a condição seja detectada cedo e o tratamento iniciado no momento certo. De acordo com a Sociedade Americana do Câncer, de 60 a 80% das mulheres recém diagnosticadas com câncer cervical não haviam feito um papanicolau em cinco anos ou mais.
Níveis
Há três níveis de displasia: leve, moderada e grave. A displasia leve é a forma mais comumente diagnosticada. Na maioria desses casos o tecido cervical se recupera e a mulher se cura sem tratamento. Casos moderados e graves têm mais probabilidade de progredir para um câncer se não tratados.
Fatores de risco
Os seguintes fatores de risco aumentam a chance de desenvolver displasia cervical: múltiplos parceiros sexuais, iniciar atividade sexual antes dos 18 anos, doenças sexualmente transmissíveis, como a clamídia; fumo, dieta pobre em frutas, vegetais e ácido fólico; HPV, ou vírus do papiloma humano, e HIV, ou vírus da imunodeficiência humana.
Razões
O HPV é composto de mais de 100 vírus relacionados, é passado por contato sexual e é responsável por 80 a 90% dos casos de displasia. A condição não produz sintomas, então o teste de papanicolau é a única maneira de descobrir o vírus e começar o tratamento para reduzir as chances de evolução para câncer. Considera-se que mulheres com HIV desenvolvem displasia com mais frequência por conta da função do sistema imunológico estar suprimida. Fumar libera no organismo substâncias químicas que causam câncer. Essas substâncias são carregadas pela corrente sanguínea para o colo do útero onde, pesquisadores acreditam, as células são danificadas, levando à displasia cervical e até ao câncer.
Considerações
Uma mulher cuja mãe ou irmã tenha tido câncer cervical tem duas a três vezes mais probabilidade de desenvolver displasia ou câncer. As mulheres podem criar displasia a partir das substâncias químicas do tabaco liberadas no sêmen de parceiros sexuais. Preservativos reduzem as chances de pegar HPV, mas não oferecem proteção total porque o contato da pele com áreas infectadas pode ainda ocorrer. Evidências sugerem que o uso de anticoncepcionais orais aumenta as chances de aparecimento da displasia cervical. Uma teoria é que os anticoncepcionais interferem na capacidade do colo do útero de metabolizar ácido fólico. A Sociedade Americana do Câncer diz que mulheres que tomam anticoncepcional por mais de cinco anos dobram suas chances de ter displasia. Filhas de mulheres expostas ao DES (dietilestilbestrol), um estrógeno sintético prescrito entre os anos de 1938 e 1971 para ajudar a prevenir aborto, apresentam maior risco de desenvolver displasia ou câncer cervical.