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O câncer é a doença mais comum em cães e os da raça boxer são particularmente suscetíveis, por isso ser capaz de reconhecer os sintomas é fundamental para o diagnóstico precoce da doença. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais chances de combate à doença potencialmente fatal.
Os cães da raça boxer têm predisposição ao câncer (boxer puppy image by Brandi Cameron from Fotolia.com)
Predisposição
Na virada do século XXI, a raça boxer foi a mais propensa a ser diagnosticada com câncer. No entanto, desde então, foi descoberto que golden retrievers, rottweilers e cães berneses também possuem altos índices da doença. De acordo com o doutor Ruthanne Chun, professor assistente de Ciências Clínicas da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Estadual do Kansas, estudos da árvore genealógica desses cães têm sugerido que eles possuem uma predisposição genética para o câncer.
Tipos
O boxers são mais propensos ao câncer de mastócitos (tumores benignos na pele que se tornam agressivos), linfoma (tecido linfático maligno), neoplasia (tumores sólidos de células linfoides), meningiomas (tumores ao redor do cérebro e da medula espinhal) e hemangiossarcoma (câncer do sangue). Dos boxers com câncer, o de mastócitos afeta 25%, o linfoma 17%, 10% são afetados com linfossarcoma, meningioma 7% e hermangiossarcoma 5%. Outros tipos de câncer encontrados nos boxers são oligodendroglioma, adeno-carcinoma, carcinoma de tireoide e sarcoma de células fusiformes.
Fatores de risco
Alguns elementos presentes no meio ambiente são os que têm o maior risco de causar câncer nos boxers. A castração ou esterilização prematura do animal ajudam a proteger contra o câncer de testículo e o carcinoma mamário. Assim como nos seres humanos, o sol também representa riscos para os cães, mas isso só se aplica para áreas do corpo sem pelos ou pigmentação. Devido ao fato de farejarem o ar com freqüência, os cachorros correm risco de ter câncer do seio nasal, que pode ser contraído a partir de alguns elementos, como herbicidas, pesticidas e poluição. Eles também podem desenvolver câncer nos locais de uma lesão ou de injeção.
Sintomas
Perceber os sintomas o mais cedo possível é fundamental para a prevenção de complicações posteriores. Sintomas freqüentes de câncer incluem perda de peso, diarreia, vômitos, problemas para urinar, diminuição do apetite, sensação geral de letargia e apatia, dificuldade para respirar e engolir, sangramento contínuo ou ocasional, convulsões, infecções que reaparecem ou não se curam, claudicação, feridas na pele, dor localizada e aumento dos gânglios linfáticos. Inchaço ou nódulos, principalmente ao redor dos testículos nos machos e ao redor dos seios, nas fêmeas, também são sinais indicativos.
Tratamento
Com frequência, os mesmos medicamentos utilizados para o tratamento de humanos são utilizados para o tratamento desses animais. Contudo, a dosagem varia e nunca se deve administrar medicamentos a um animal a menos que um veterinário tenha sido consultado. A quimioterapia é um outro método que pode ser utilizado e os veterinários têm planejado o processo de modo a eliminar o máximo possível a dor, o desconforto, vômitos, diarreia e queda na contagem de elementos sanguíneos. A quimioterapia pode, ainda, causar uma queda de pelos nos cães, embora não seja tão comum.